O livro de Terence Dornelles Trennepohl é uma bem elaborada obra para que se compreenda a crise ambiental, assim como os mecanismos possíveis, principalmente de ordem legal, para combater a gradativa degradação do meio-ambiente nesta e nas próximas gerações.
É uma tese de doutoramento, que foi aprovada com nota máxima. Nem por isto trata-se de um livro apenas acadêmico. É para ser lido por tantos quantos se interessem pelo principal desafio que o mundo terá, no século XXI, ou seja, como fazer o nosso planeta sustentável.
A mudança climática e o aquecimento global já estão provocando problemas variados na agricultura, saúde, e no comportamento das pessoas e das sociedades, a ponto de atingir definitivamente a própria qualidade de vida da espécie humana e, o que é mais grave, projetar profundas transformações nas próximas gerações.
Como um câncer, o aquecimento global e o desaparecimento das espécies vivas devido à colocação de quatro sistemas em xeque – redução da renovação de peixes e flora marítima, erosão terrestre e desflorestamento, perda da qualidade do ar e aumento do buraco na camada de ozônio – avançam, sem que as autoridades mundiais encontrem um denominador comum capaz de, pelo menos, estancar o processo de corrosão ambiental.
Após situar-se no contexto histórico da globalização, a partir da sociedade industrial internacionalizada, que provocou a conformação de um complexo de regras transnacionais para a economia mundial, com o desenvolvimento econômico da sociedade moderna balizada, apenas em parte, pela proteção ambiental, adentra a estudar a regulação econômica no mercado internacional e no meio-ambiente, a partir das crises cíclicas do Estado neo-liberal – mais do que das crises permanentes dos Estados socialistas – e a forma de enfrentar os riscos de expansão da globalização ambiental.
E a partir desta análise chega ao cerne de seu estudo, que é a da responsabilidade social das empresas, em face do meio ambiente.
(Do Prefácio do Dr. Ives Gandra da Silva Martins)